terça-feira, 27 de julho de 2010

O que é Tendinite?

Tendinite significa inflamação de um tendão e de sua bainha. Os sinais e sintomas são semelhantes a outros processos inflamatórios (dor, calor, vermelhidão e “inchaço”), podendo evoluir para lesões parciais ou ruptura completa do tendão quando não tratada adequadamente.

O tendão é uma estrutura que liga o músculo ao osso, de grande resistência a cargas, tendo como função transmitir a força produzida no músculo até o osso para movimentar as articulações. Geralmente a tendinite é denominada de acordo com a região do corpo: tendinite Aquiles(tendão de Aquiles), tendinite patelar (tendão patelar) e epicondilite lateral (epicôndilo lateral).

• Causas

Existem inúmeras causas que acarretam a inflamação do tendão, como por exemplo, as lesões por esforços repetitivos, excesso de força, traumas locais e doenças sistêmicas, sendo as doenças reumatológicas as mais frequentes. Podem ser agudas, de início rápido com dor, calor local e geralmente autolimitadas; e crônicas onde por processos repetidos ocorre o enfraquecimento e perda de flexibilidade gradativos do tecido tendíneo.
Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento das tendinites incluem: idade avançada, ocupacionais (movimentos repetitivos, trabalhos com carga) e atividades esportivas (tênis, futebol, beisebol, voleibol). As tendinites mais comuns são a do manguito rotador (ombro), a epicondilite (cotovelo), do punho (Quervain), a tendinite patelar e da pata de ganso (joelho) e a tendinite de Aquiles (tornozelo).

Sintomas

Os sintomas podem variar desde dor e calor, queimação e vermelhidão ao redor do tendão lesionado. Geralmente a tendinite ocasiona uma limitação funcional da articulação do corpo envolvida; por exemplo, nas lesões tendíneas do ombro o paciente apresenta dificuldade para realizar as manobras de rotação e abdução do ombro.
Com esta condição, a dor piora com os esforços físicos e melhora com o repouso articular. Pode ocorrer a ruptura do tendão em situações de estresse crônico do tendão, sendo menos comum em situações agudas.
Diagnóstico Na maioria dos casos o diagnóstico é clínico, sendo necessário apenas o exame articular realizado por um médico especializado, sendo de fácil diagnóstico. Em alguns casos a realização de um exame de imagem auxilia o médico para determinar o grau de extensão da lesão, sendo a ultrassonografia de partes moles e a ressonância magnética nuclear úteis
Lembrando que o simples exame clínico confirma o diagnóstico na maior parte dos casos.

Tratamento

O tratamento das tendinites é conservador. Nas tendinites agudas, comenda-se o repouso articular e o uso antiinflamatórios ou analgésicos combinados comfisioterapia, gelo local e imobilização com órteses (tala, braçadeiras, joelheiras). Nas tendinites crônicas é fundamental a reabilitação através de fisioterapia e reforço da musculatura adjacente.

Infiltração com corticosteróides às vezes é necessária para alívio dos sintomas crônicos com resultados satisfatórios. O objetivo do tratamento é obter alívio da dor e permitir o retorno do paciente às suas funções habituais. Existe uma entidade conhecida como DORT (doença ocupacional relacionada ao trabalho) em que as pessoas que fazem diariamente os mesmos movimentos ou utilizam ferramentas diárias executando as mesmas tarefas como digitadores, operários de linhas de montagem e esportistas, correm riscos maiores de desenvolvê-la, gerando um grande número de afastamentos do trabalho, sendo um tema bastante polêmico dentro da Medicina do Trabalho. Recomenda-se sempre o acompanhamento de um médico especializado e habituado no tratamento dessa enfermidade para um melhor resultado terapêutico e na prevenção de lesões futuras.

Prevenção

Importante salientar na prevenção das tendinites que consiste na prática de atividades físicas regularmente, permitindo o fortalecimento das estruturas tendíneas e musculares, além do alongamento das articulações antes de qualquer exercício. Melhor ergonomia no trabalho é uma das principais medidas para prevenção de tendinites



Referencias bibliográficas: 1. Khan, KM; Cook JL, Kannus P, Maffulli N, Bonar SF (2002-03-16). "Time to abandon the "tendinitis" myth: Painful, overuse tendon conditions have a non-inflammatory pathology". BMJ 324 (7338): 626–7. doi:10.1136/bmj.324.7338.626. PMID 11895810. PMC 1122566. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/324/7338/626. 2. Low, Steven (Aug 2009). "On Tendonitis". Eat. Move. Improve.. http://www.eatmoveimprove.com/2009/08/on-tendonitis/. 3. Wilson, JJ; Best TM (Sep 2005). "Common overuse tendon problems: A review and recommendations for treatment" (PDF). American Family Physician 72 (5): 811–8. PMID 16156339. http://www.aafp.org/afp/20050901/811.pdf. 4. Gaujoux-Viala C, Dougados M, Gossec L (December 2009). "Efficacy and safety of steroid injections for shoulder and elbow tendonitis: a meta-analysis of randomised controlled trials". Ann. Rheum. Dis. 68 (12): 1843–9. doi:10.1136/ard.2008.099572. PMID 19054817.

sexta-feira, 23 de julho de 2010




XXVIII Congresso Brasileiro de Reumatologia,
em Porto Alegre, nos dias 18 a 22 de setembro


Acontecerá em setembro mais um Congresso Brasileiro de Reumatologia onde serão discutidos temas e aspectos de nossa rica e variada área de atuação, discutindo temas atuais e novas propostas de tratamento aos pacientes. A Reumatologia encontra-se num momento de novidades científicas e será uma oportunidade para permuta de experiências e conhecimentos.